A resposta para essa pergunta é: isso não importa!
Utilizar a palha da cana-de-açúcar para gerar energia é um fato que vem de encontro com a mecanização da colheita. Antes de mecanizar este processo, a palha era toda queimada em campo para auxiliar no processo da colheita. Com a instituição do protocolo agroambiental no estado de São Paulo, a queima foi proibida e consequentemente a disponibilidade de palha no campo.
Com a mecanização vieram diversos problemas como a compactação do solo, o retardamento da brotação da soqueira e a proliferação de doenças. Ao mesmo tempo vários benefícios como a eliminação da emissão de gases do efeito estufa e cinzas, a diminuição da temperatura da superfície do solo (que está coberto) e a melhor fixação de carbono no solo.
Tendo esses prós e contras em pauta e sem muitos estudos para basear-se, o setor produtivo começou a experimentar algumas técnicas para manipular essa palha. Algumas usinas deixam a palha no campo sem nenhuma alteração, outras colhem com o ventilador com menos potência (levando mais palha junto com a cana para a usina) e outras ainda enfardam a palha que está no campo após a colheita e cada uma delas tem um resultado diferente. Isso é por conta de diversos fatores influenciarem a retirada da palha. Alguns deles são: declividade, tipo de solo, clima, variedade de cana, distância da usina entre outras.
Para utilizar e quanto utilizar de palha para a produção de energia é necessário fazer-se diversos estudos e entender completamente a área, portanto não é possível estimar a quantidade de palha a partir da cana e extrapolar isso para o quanto de energia é possível produzir. Até mesmo porque a capacidade de produção ainda é pequena.
Portanto tome cuidado com comparações! É uma ótima opção, mas precisa de muitos cuidados para que não seja prejudicial!