Parafuso de Arquimedes
Atualmente existem diversas formas de bombeamento hidráulico. Fisicamente falando, bombas são dispositivos que transferem energia ao fluido resultando em energia cinética ou energia potencial através de movimentos mecânicos. Existem bombas de deslocamento positivo e bombas cinéticas.
- Bombas de deslocamento positivo – São bombas que transferem obrigatoriamente todo o volume do liquido através do movimento mecânico, conseguem proporcionar elevada pressão ao sistema se houver restrição à passagem do fluido. São elas, bomba de pistão, bomba de engrenagem entre outros…
- Bombas cinéticas – São bombas que transferem, a partir de energia mecânica, energia cinética ao fluido, normalmente são as bombas centrífugas, bombas de tubo de Pitot entre outros…
Existe um tipo diferente de bomba chamada de Parafuso de Arquimedes. Na antiguidade foi muito utilizada para elevar e transferir a água de uma fonte mais baixa aos canais de irrigação, a história nos conta que a bomba foi atribuído a Arquimedes por ocasião da sua visita ao Egito. Esta tradição pode refletir apenas que o aparelho era desconhecida para os gregos antes de período helenístico e foi introduzida na vida de Arquimedes por engenheiros gregos desconhecidos.
O mecanismo é bem simples, ela consiste em uma haste cilíndrica e uma superfície helicoidal no entorno do seu eixo formando basicamente uma rosca. Através do movimento dinâmico da superfície helicoidal, o fluido sai do seu estado de inércia.
Atualmente este mecanismo é utilizado em estações elevatórias de esgoto urbano para transferência do efluente, em algumas indústrias ela é utilizada para bombear fluidos de alta viscosidade.
Parafuso de Arquimedes na agricultura
O conceito do Parafuso de Arquimedes se estende até a agricultura moderna, atualmente é muito utilizado para transporte de ração animal em dutos bem como em máquinas agrícolas, seja em mecanismo dosador de fertilizante em máquinas adubadoras, seja em transportadores de grãos em máquinas colhedoras.
A máquina colhedora de grão possui o conceito do Parafuso de Arquimedes no que diz respeito ao transporte e elevação de grão, na linguagem popular o mecanismo é mais conhecido como “rosca sem fim” ou simplesmente por “sem fim”. Na máquina ela faz parte do tubo de descarga (descarregamento de grãos) e do tanque graneleiro (transporte dos grãos ao reservatório).
A plataforma de uma colhedora também possui o Parafuso de Arquimedes, conhecida como “caracol” ou “sem fim da plataforma”, é responsável pelo transporte das plantas ou parte delas após o corte ao módulo central conhecida como garganta que, por sua vez, fará o transporte ao batedor responsável pela debulha dos grão.
As plantadoras adubadoras ou somente as adubadoras possuem o Parafuso no seu mecanismo dosador, considerando o passo da rosca e da velocidade angular (rotação) do eixo é possível calibrar a dose (quantidade) desejada de fertilizantes.
O conceito existe pelo menos há 2 séculos antes de Cristo, porém sua aplicação se estende desde máquinas mais simples até às mais complexas, na agricultura sua utilização é de grande valor.