Criando conexões no agronegócio

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Você talvez não tenha se dado conta mas está criando conexões no agronegócio?

No mundo cada vez mais digital as relações humanas estão espremidas a meios de comunicação indiretos (telefonemas, conferências, aplicativos) mas será que isso impede de a criação de conexões no agro?

Criar conexões está além de adicionar a pessoa no LinkedIn, Instagram ou Facebook. Criar conexão é ter um vínculo que gere interesse em ambas as partes. Em uma balada quando se está solteiro(a) procura-se alguém interessante, começa-se a conversa e para que algo aconteça ambos tem que mostrar interesse e esse interesse ser correspondido.

Muitas vezes temos muitos contatos porém quase nenhuma conexão. No agro isso é ainda mais difícil. Não é trivial termos contatos estando longe de pessoas e cultivar as conexões para que elas sejam duradoras é uma tarefa árdua. Para isso vale testar um ciclo para criar e manter as conexões:

Conectar – Gerar interesse – Doar – Reativar

Conectar é encontrar e fazer o primeiro contato seja por qual meio for. Na sequência gere o interesse, mostre como e de que forma você pode colaborar na interação. Na sequência o que gerou mais interesse você tem que doar (seja seu tempo, sua expertise ou simplesmente ouvir). Após esse ciclo é necessário periodicamente reativar essa conexão. Reative sempre, não somente quando você precisa de algo.

Dessa forma você conseguirá criar as conexões de maneira eficiente, não precisa ter 1 milhão de contatos mas terá as melhores conexões que podem te conectar com 1 milhão de outras conexões.

Gostou desse conteúdo? Leve ele para sua vida profissional.

Você está pronto para a Agricultura Digital?

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Muito se fala sobre as aplicações de TI no agronegócio, mas você está pronto para a agricultura digital?

“Transformar a agricultura é uma tarefa um tanto quanto árdua” é o que escuto toda hora. 90% das pessoas envolvidas nas atividade de AGTech culpam o mercado por não ter uma característica semelhante a de outros mercados, mas será que isso não é uma vantagem?

Quando comecei a me envolver com o mundo de tecnologias para o agro a quase dez anos tinha-se uma falsa ilusão que essas tecnologias só não estavam no campo porque faltava um esforço de levá-las até lá. Como já falei, isso era apenas uma ilusão. A pesquisa acadêmica está realmente bem avançada mas a infraestrutura do campo continuava nas bases da revolução verde. Além disso, o mindset dos profissionais do agro não estavam e não estão voltados a adoção de tecnologias para resolver problemas e sim resolver problemas para não pensar em tecnologias.

Isso traz ao tema dessa postagem: você está pronto para a agricultura digital?

Tenho certeza que quase todo mundo vai dizer que sim porque se está lendo esse post aqui você provavelmente tem domínio de acesso a internet, computadores, celulares e etc. Mas a adoção da agricultura digital vem do ponto que você profissional do agro precisa repensar sua maneira de agir.

O profissional necessário para a agricultura digital é aquele que domina o digital mas que preza por três pontos:

  • Qualificar todos os profissionais ao seu redor;
  • Evangelizar todos os envolvidos na sua atividade;
  • Estar aberto para mudar rapidamente.

Primeiramente não adianta ter qualificação se os profissionais ao seu redor não são incentivados a qualificarem-se. A obtenção de dados sempre depende de alguma intervenção humana seja na manipulação ou no setup dos equipamentos e um profissional que não entende o que faz, provavelmente não fará bem feito. Seja um facilitador para que os profissionais que irão participar do processo possam sempre estar dispostos a aprender.

Além de qualificar você deve ser um entusiasta de tecnologias e fazer de tudo para que elas funcionem. Um profissional que desiste precocemente de uma plataforma ou de um app para esperar que ele esteja funcionando 100%, torna-se um sabotador. Uma tecnologia só evolui com usuários ativos que reportem erros e não que desistam do uso. Espalhe essa filosofia e estará pronto para encarar os desafios com seu time.

Por fim, esteja aberto a mudar rapidamente. Quantos anos você levou para abandonar a câmera digital e usar o celular para fotos? Pois é, no agro você tem que estar disposto a mudar rapidamente sem que isso deixe de oferecer qualidade ao seu trabalho. Com certeza as tecnologias ficarão obsoletas muito mais rápido em um mundo digital do que no analógico. Tenha a mente aberta para mudanças.

Um profissional preparado para a Agricultura Digital é um dos pilares do sucesso dessa implementação. O programa Fazenda 4.0 traz para os profissionais do agro habilidades para estar preparado para a Agricultura 4.0 e o futuro. O InteliAgro apoia essa causa e lançará em breve um livro para preparar você para isso!

 

O que são cria, recria e engorda?

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A cria, recria e engorda são as principais fases de criação do gado de corte, mas também podem ser chamados de os principais sistemas produtivos das fazendas.

Fazendas que trabalham com cria, tem na venda do bezerro a sua principal fonte de renda. A cria é o período que vai do nascimento do bezerro até a desmama, que ocorre aos 7 meses normalmente, com um peso de 6 a 7@, dependendo da raça e do manejo adotado. Na prática, uma fazenda de cria é composta por vacas (matrizes), que “derrubam” um bezerro por ano. Justamente por isso é difícil de se intensificar a atividade, já que o ganho de peso das vacas não é prioritário.

A recria corresponde ao período da desmama até os jovens animais se tornarem garrotes (boi magro) ou novilhas, normalmente com 10 a 12@, que corresponde a um período de 12 meses. Por atravessarem dois períodos bem distintos, normalmente a primeira seca assim que desmama e outros seis meses chuvosa, é recomendável nesse primeiro período uma suplementação proteica ou proteico/energético, para que o animal possa manter o ciclo de crescimento. Na estação chuvosa, com um bom manejo de pastagem, é possível obter 4 a 5@ sem grandes dispêndios.

A engorda ou terminação é a fase final da pecuária, em que o animal atinge o peso e o acabamento adequado, normalmente por volta dos 500 kg, que gera uma carcaça de 16 a 18@. Em sistemas de confinamento, o tempo para atingir esse peso é em torno de 3 meses, mas a um alto custo.

Com uma boa estratégia de suplementação nutricional é possível também realizar toda a engorda e terminação a pasto, a um custo bem mais competitivo. O maior desafio nesse sistema é utilizar o pasto com máxima eficiência (em volume e qualidade) durante a chuva e buscar alternativas para o período de escassez de pasto. Com um bom sistema combinado com a recria, é possível abater animais totalmente a pasto com 18 a 20 meses de idade.

O grande segredo desse sistema é ter uma boa produção de pastos e saber manejá-la com maestria. A ferramenta da Geocrop, a Pasto Sempre Verde pode auxiliar o pecuarista no manejo de pastagens, trazendo mais tranquilidade na sua tomada de decisão. O bom e velho pasto continua sendo o principal componente da pecuária de sucesso, talvez mais até que os próprios animais, se me permitem opinar.

Pastejo rotacionado: O que é importante saber?

          É inegável que para o pecuarista ser competitivo em seu setor na próxima década, ele terá que tecnificar sua produção. Uma das ferramentas que fazem total diferença é o pastejo rotacionado, já que ele intensifica o uso das pastagens e aumenta a produção de carne por área. Mas o que é importante você saber sobre o pastejo rotacionado?

         O primeiro passo é a alocação de piquetes, geralmente com o uso de cercas elétricas para delimitar o pastejo do gado. O planejamento da distribuição de corredores e bebedouros também devem ser levados consideração nesta etapa.

         A escolha do capim vem em seguida. São indicados capins de crescimento rápido, que produzem uma grande quantidade de forragem de qualidade e respondem bem a aplicação de fertilizantes e até de irrigação. Consulte técnicos para indicar os melhores capins para a sua região. No período seco é importante a suplementação alimentar de rotina com rações e fazer uso de estratégias como o uso de silagem, feno, sobressemeadura, entre outras técnicas, para garantir volumosos.

        Existem dois sistemas de manejo de tempo de pastejo. Eles são divididos em tempo fixo e tempo variável. No primeiro caso (o mais simples), é estabelecido um cronograma e sequência de entrada e saída dos animais do piquete, com um tempo de estadia no piquete e um período de regeneração do capim pré-determinado. É importante neste manejo regular a carga de animais para que o que é produzido durante o descanso seja consumido durante a ocupação, sem sobras e sem superpastejo. Já no segundo caso a definição da sequência de ocupação dos piquetes é determinada de acordo com a produção. A entrada é realizada quando o capim atinge 95% de interceptação luminosa. Esse indicador pode ser substituído pela altura da planta. Para exemplificar, para Brachiaria brizantha é recomendada a entrada quando ela atinge de 25 a 30 cm e a saída quando o capim for rebaixado a 18 cm de altura.

         Para auxiliar o pecuarista a fazer este manejo, aconselha-se o apoio de profissionais especializados na área. Também estão surgindo empresas que oferecem soluções de auxílio e otimização da produtividade pecuária, sendo a GeoCrop e seu produto Pasto Sempre Verde uma delas. Seus técnicos contam que é possível, na maioria dos casos, triplicar o número de animais por hectare apenas implementando estratégias adequadas de manejo de pastagens.

         Por fim, é importante que fique claro ao pecuarista que, para o negócio dele sobreviver na próxima década, é necessário investir em tecnologia e redesenhar seu processo de gerenciamento. A atividade pecuária pode ser tão e até mais rentável quanto a agricultura, quando executada corretamente.

Produtividade da pastagem – Quantas cabeças cabem no seu pasto?

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Falando em manejo, a produtividade da pastagem é uma das grandes dúvidas dos produtores.

Quantos animais podemos colocar por área? A resposta é simples, sabendo a produtividade do capim. A produtividade da pastagem é o principal responsável pelo ganho de peso do animal e, consequentemente, o ganho em @/ha/ano, que é o que importa no resultado final da atividade.

Manejo de pastagem - produtividade

De forma simples e direta, usamos um gabarito de 1×1 m e pesamos todo o material contido no interior, fazendo um corte rente ao solo. Repetimos, da mesma forma, o processo de 5 a 10 vezes, dependendo do tamanho da área. Em seguida, descontamos as “perdas” com o partes da base da biomassa composto por talos e folhas secas, aproximadamente 50% e por fim, as perdas por pisoteio, regiões em que o animal defeca, presença de daninhas e falhas de stand.

Em sistemas extensivos, essas perdas são maiores, podendo gerar um aproveitamento menor que 20% da biomassa produzida. Em sistemas intensivos, onde a possibilidade de seleção pelo animal é menor, o aproveitamento pode ser de 50%. Depois temos que descontar a umidade, aproximadamente 30%.

Posteriormente extrapolamos o valor para a área total e temos então a produtividade da pastagem em matéria seca.

Já é reconhecido que os animais consomem cerca de 2% do peso vivo por dia. Se meu boi tiver 450 kg, ele vai consumir 9 kg de matéria seca por dia. Se meu piquete tiver uma produtividade de 2000 kg/ha de MS e meu piquete tiver 0,1 ha, vou poder colocar naquela área 22 animais e mantê-los por um dia. Caso a estratégia seja manter dois dias, dividimos o número de animais ou dobramos o tamanho do piquete. É recomendável que se faça essa estimativa a cada ciclo de pastejo, que é quando os animais retornam ao primeiro piquete consumido.

Cálculo da produtividade de pastagem

A fórmula é utilizada para calcular o número de animais por piquete, para um dia de pastejo. Caso a estratégia seja a manutenção por mais dias, basta dividir a produtividade útil pelo número de dias. Podemos fazer também essa calibração utilizando o número de animais como ponto de partida. Sabendo o consumo do lote e a quantidade de forragem disponível, adequamos o número de dias para sua permanência.

Como saber se meu pasto está no ponto ideal para ser pastejado? Existe uma técnica que utiliza a altura da planta para determinar a entrada e saída dos animais, mas esse assunto fica para uma próxima oportunidade.

A Startup Pasto Sempre Verde trouxe uma solução para adequar a distribuição dos lotes, sem a necessidade de ir a campo e medir produtividade de modo empírico.

Confira em pasto.me

Condutividade Elétrica Aparente (CEa) do solo: o que é, como medir e para que serve?

O que é?

A Condutividade Elétrica Aparente do solo, conhecida pela sigla CEa, é um parâmetro físico do solo que pode ser mensurado por diversos sensores e equipamentos. Sua origem se deu como uma medida de salinidade dos solos. Mas porque aparente? O fato é que todos os materiais, inclusive o solo, apresentam uma condutividade elétrica (CE) “real”. No caso do solo, a CE “real” é normalmente medida em laboratório e em solução aquosa. O termo aparente surge pelo fato de que, quando utilizamos sensores e equipamentos para mensurar a CE em condições de campo, a medida passa a ser aparente uma vez que diversos fatores estão influenciando, como umidade, mineralogia, conteúdo de argila, densidade do solo e etc.

Como medir?

Existem basicamente duas maneiras (princípios) de mensuração da CEa do solo, sendo por contato direto (CD) ou por indução eletromagnética (IEM). Como o próprio nome já diz, o princípio de mensuração por CD precisa que os eletrodos (ou discos) do equipamento entrem em contato com o solo para que a medida seja realizada. Já o princípio de IEM não precisa entrar em contato com o solo, sendo que bobinas realizam a medida por uma corrente eletromagnética.

Para ambos os princípios o conceito é simples. Uma corrente elétrica conhecida é injetada (no caso de CD) ou propagada (no caso de IEM) no solo, respectivamente, por eletrodos ou bobinas emissoras. Esta corrente elétrica conhecida trafega pelas partículas do solo e é posteriormente receptada por eletrodos ou bobinas receptoras, que estão espaçadas a certa distância das emissoras. Os diversos parâmetros do solo (umidade, densidade, porosidade, textura, matéria orgânica, etc.) é o que definirá a medida final da CEa. A sensibilidade de mensuração (profundidade do solo) irá depender da distância entre os eletrodos/bobinas emissoras e receptoras. Normalmente os equipamentos já possuem uma configuração de fábrica, sendo que as profundidades de mensuração são fornecidas no catálogo dos fabricantes.

Atualmente a maioria dos equipamentos disponíveis no mercado são importados, como o Veris-3100® da empresa Veris Technologies (Figura 1 – esquerda) e o EM38-MK2® da empresa Geonics Limited (Figura 1 – direita). Enquanto o Veris-3100® mensura a CEa por contato direto, o EM38-MK2® utiliza a IEM para realizar as medidas. Mais recentemente a Falker lançou o Terram®, um equipamento 100% nacional que mede a CEa do solo por contato direto.

 

Sensores de CEa do Solo

Para que serve?

Existem inúmeros aplicações da CEa na agricultura, sendo que sua maior aplicação se dá no mapeamento de inúmeras propriedades do solo. Entre as diversas aplicações existentes na literatura podemos destacar o mapeamento da salinidade do solo, conteúdo de argila, conteúdo de água, auxilio na amostragem de solo, definição de potencial produtivo do campo, definição de zonas de manejo e etc. No Brasil a adoção da CEa ainda é muito baixa nos campos de cultivo, mas com enorme potencial para auxiliar os produtores em um manejo localizado.

No setor sucroenergético, trabalhos recentes da nossa equipe de pesquisa mostraram que a CEa provou ser uma importante ferramenta para auxiliar na definição dos Ambientes de Produção de cana-de-açúcar. A figura 2 apresenta um mapa de CEa do solo mensurada por IEM, sendo possível visualizar locais com alta CEa (regiões verdes – maior conteúdo de argila) e com baixa CEa (regiões vermelhas – menor conteúdo de argila). Independente da aplicação, o fato é que a CEa tem se mostrado como uma medida eficaz, rápida e simples de mensurar os diversos parâmetros do solo, auxiliando no manejo dos campos de cultivo.

Mapa de CEa do Solo

 

Se achou interessante e quiser saber mais a respeito, me escreva!!!

Você sabe a diferença entre Smart Farming e IoT?

Nos últimos anos, principalmente no ano de 2017, a agricultura teve que lidar de vez com as mudanças trazidas pela revolução digital. Mas de fato ainda existe muita confusão entre o que de fato é cada conceito nessa área. Você sabe a diferença entre Smart Farming e IoT?

Smart Farming ou Agricultura Inteligente, Agricultura Digital é a aplicação da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) na agricultura para obtenção de resultados guiados por cálculos e não somente sentimentos.

Smart Farming é baseada na integração das aplicações digitais e para isso precisa mesclar sensores, atuadores, GPS, drones, imagens de satélites, robótica, Big Data e IoT (Internet das Coisas). Ou seja, Smart Farming é a união de todas essas coisas e não simplesmente a aplicação de IoT na agricultura.

IoT é algo essencial para uma agricultura inteligente, a diferença é que IoT é ferramenta e o Smart Farming é o conceito que utiliza de todas as ferramentas possíveis para ganhar produtividade e diminuir custos guiados por ferramentas analíticas que garantem de fato controle e melhores resultados.

Outros conceitos também são confundidos como Agricultura de Precisão, Sensoriamento Remoto, Inteligência Artificial e etc. Todos esses citados anteriormente são ferramentas como IoT para que uma fazenda pratique o Smart Farming.

Nós do InteliAgro estamos desenvolvendo um conceito diferente. Para que a Agricultura Digital possa ter sucesso ela depende de outros fatores e você pode conhecer todos eles clicando aqui e conhecendo a Fazenda 4.0.

 

5G na agricultura: vai acontecer mesmo?

Vai, mas só se for escolhida a frequência certa.

 

Dois mil e dezessete foi o ano que presenciamos uma maciça expansão das redes 4G no Brasil, com 90% da população coberta por LTE. Enquanto os técnicos criavam esta infraestrutura, os engenheiros e homens de negócios voltavam a atenção para o próximo passo, o 5G. Como os olhos do Inteliagro estão voltados para o campo, vem a pergunta: O que devemos esperar do 5G na agricultura?

Resposta: Nos próximos 5 anos, nada. Explico: o 5G é um padrão que ainda está sendo desenvolvido, com equipamentos ainda na fase de projeto e alguns testes sendo realizados pelos grandes fabricantes. O principal foco do novo padrão não é na quantidade de dados que ele será capaz de transportar (apesar de que é esperado um aumento significativo no taxa de transferência), mas sim na no elevado número de dispositivos que ele poderá conectar por antena. É isso que fará o 5G ser o padrão de conectividade da internet das coisas (IoT).

Para ser capaz de suportar todos estes equipamentos e a enorme quantidade de tráfego que eles irão representar, o novo padrão necessitará de enormes faixas do espectro de radiofrequência. O problema é que as bandas mais utilizadas hoje, que vão de 100 Hz até 6 GHz já estão saturadas , forçando a adoção em frequências acima dos 6 GHz, nas chamadas ondas milimétricas. Para a agricultura isso não é bom: estas ondas são facilmente atenuadas por relevo, vegetação, construções e chuva, impedindo que uma única torre atenda uma enorme área geográfica, como ocorre hoje no espectro de 700 à 900 megahertz.

A não ser que o 5G na área rural venha a ser implantado em bandas inferiores a 1 GHz, a fim de aproveitar suas vantagens tecnológicas de hardware e novos esquemas de modulação, é pouco provável que ele venha a ter impacto na agricultura, afinal ele está sendo desenhado para desempenhar melhor em ambiente urbano. Segundo um estudo da Ericsson, em 2022 apenas 10% dos dispositivos móveis estarão na rede 5G e a esmagadora maioria nas cidades.

Enquanto a tecnologia não se consolidar, o campo continuará a utilizar soluções 3G e 4G  potencializadas por frequências que antes pertenciam à TV analógica e de espectro licenciado privado, principalmente pelo fato delas serem capazes de cobrir enormes áreas com pouco investimento em estações radio base. Até lá é fundamental que a indústria do 5G some esforços com as empresas vetores da Fazenda 4.0 a fim encontrar soluções que atendam o agronegócio plenamente.

Poda da soja, você acredita? A sensação na internet!!!

Nova técnica criada pelos agricultores, no intuito de aumentar a produtividade da soja, causam polemicas entre os profissionais da área agrícola. Mas na poda da soja, você acredita? A sensação na internet!!!

Um novo tipo de trato cultural, implementado para cultura da soja é a sensação da internet e causam opiniões divergentes entre profissionais do setor agropecuário, estamos falando da poda na soja.

poda da soja

Na internet e principalmente nas redes sociais circulam, faz algum tempo, vários vídeos virais mostrando a prática da poda na cultura. A poda é realizada durante o período vegetativo da planta e o corte é realizado somente nas folhas das ponteiras das plantas com o intuito de quebrar a dominância apical aumentando o seu “engalhamento” produzindo mais grão por planta e consequentemente aumentando a produtividade que é o objetivo final obviamente.

Esse método é chamado de redutor de crescimento e acredita-se que com o menor porte a planta poderá produzir mais, e neste momento as opiniões são adversas.

  • Possibilidade de encurtamento de ciclo da planta:  a cultura pode diminuir o ciclo fisiológico em função do estresse sofrido causando algum tipo de perdas produtivas;
  • Perdas de massa foliar: são folhas que exerciam papel funcional na planta e se cortadas ocorrem naturalmente a diminuição dos elementos fotoassimilados;
  • Entrada de patógenos: os danos físicos favorecem ao ataque de fungos nas plantas.

Poderíamos citar outros vários exemplos mas com nem tudo na vida parece o que é, existe outro vídeo mostrando que os resultados foram positivos e que realmente tiveram aumento de produtividade, no entanto, não sabemos da veracidade do vídeo. Não podemos afirmar e nem desconsiderar que o método é eficaz, mas a verdade é que cabe ainda muito estudo cientifico sobre o método.

Para você acadêmico, daria uma belo trabalho cientifico!

 

Como ganhar dinheiro com o RenovaBio?

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renovabio

O RenovaBio foi aprovado como lei no final de 2017 e promete ser um grande avanço para o setor dos biocombustíveis, mas fica a pergunta para todo mundo que rodeia esse setor: Como ganhar dinheiro com o RenovaBio?

Como em diversas outras oportunidades, para ganhar, é preciso enxergar o RenovaBio pela sua essência. Pela primeira vez será feito um programa de incentivo financeiro no país para biocombustíveis olhando-se o ponto de vista ambiental. O RenovaBio é uma ferramenta de compensação financeira para a emissão de gases de efeito estufa, como qualquer pressão financeira, incentiva-se a produção, comercialização e uso de biocombustíveis. É preciso atentar-se que não é um programa exclusivo para o mercado interno, porém a pegada de carbono dos biocombustíveis produzidos em solo nacional tende a ser menor pois a distância de transporte é menor e a fonte também.

Como é possível ganhar dinheiro se apenas o produtor e comercializador serão beneficiado com os CBios? Minha opinião é que não basta uma visão rasa para lucrar-se nas operações de CBios. Com a instalação do programa, toda a cadeia irá ganhar. Como todo o etanol brasileiro e grande parte do biodiesel tem origem vegetal, toda a cadeia de produção agrícola também será impactada. Todos os serviços ecossistêmicos serão essenciais para que a pegada de carbono diminua (entenda o que é pegada de carbono) e consequentemente aquele combustível tenha mais créditos para sua comercialização. Com uma economia no setor bem aquecida, toda a cadeia é impactada.

Além disso, além dessa visão de que toda a cadeia estará pujante, é necessário imaginar em como uma economia de baixo carbono pode ser incentivada. Uma produção agrícola que respeita a legislação ambiental, mas sobretudo colabora para a redução da emissão de gases de efeito estufa, ganhará mais destaque e será o benchmark para os demais. Como ganhar dinheiro com isso? De todas as maneiras possíveis, desde um consórcio com produção, com a gestão de ativos ambientais, com turismo, com a produção de mais culturas e até mesmo com os créditos de carbono.

Isso tudo vem de encontro com o planejamento e implementação de uma produção sustentável do ponto de vista ambiental, econômico e social. A produção sustentável é obrigatória para qualquer empreendimento agrícola atual, aliás, esse é um dos pilares da Fazenda 4.0 e com certeza será da sua também!

Quer entender mais, discutir ou sugerir? Nos escreva!