Quanto de cana produz açúcar e quanto produz etanol no Brasil

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Uma dúvida recorrente é quanto da cana do Brasil vai para a produção de etanol e quanto vai para a produção de açúcar no Brasil. A CONAB no levantamento de safra disponibiliza essas informações. Fizemos aqui um breve apanhado para as últimas 5 safras! Confira:

 

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5 motivos para não adiar o CAR

O Cadastro Ambiental Rural foi criado pela Lei Federal 12.651/12 e nada mais é do que um registro eletrônico que contém informações do imóvel rural. O Objetivo deste programa é criar um meio eficiente de controle, monitoramento e combate ao desmatamento e a conservação da vegetação. O registro é obrigatório para todos os imóveis rurais.

Summer Landscape

Eis os 5 principais motivos para não adiar o CAR:

1) O prazo estipulado para o cadastro é até 6 de maio

Até o momento ninguém tem a informação se o cadastro será prorrogável ou não por igual período.

De acordo com o artigo 29, §3da LF 12.651/12,a inscrição no CAR será obrigatória para todas as propriedades e posses rurais, devendo ser requerida no prazo de 1 (um) ano contado da sua implantação, prorrogável, uma única vez, por igual período por ato do Chefe do Poder Executivo.

2) Suspensão de multas e outras sanções penais

Tal fato refere-se em função do compromisso assumido na recuperação de áreas protegidas como APP e RL cometidas até 22 de julho de 2008.

Pelo Art. 59 § 4o, no período entre a publicação desta Lei e a implantação do PRA em cada Estado e no Distrito Federal, bem como após a adesão do interessado ao PRA e enquanto estiver sendo cumprido o termo de compromisso, o proprietário ou possuidor não poderá ser autuado por infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008, relativas à supressão irregular de vegetação em Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito.

Legislação ambiental

3) Possibilidade de certificação de produtos agrícolas ou florestais

A certificação ambiental garante maior competitividade no mercado,aumentando o valor agregado do produto;

Melhor otimização de processos de trabalho;

Definição de objetivos e indicadores da qualidade;

Aumento da credibilidade no mercado e no público em geral;

Implementação de um cultura de melhoria contínua.

4) Possibilidade de comercialização de Cotas de Reserva Ambiental (CRA)

Tal vantagem será dada pelo proprietário que mantiver a RL conservada em área superior aos porcentuais exigidos no Código Florestal.

O Art. 15 § 2o, o proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legal conservada e inscrita no Cadastro Ambiental Rural – CAR de que trata o art. 29, cuja área ultrapasse o mínimo exigido por esta Lei, poderá utilizar a área excedente para fins de constituição de servidão ambiental, Cota de Reserva Ambiental e outros instrumentos congêneres previstos nesta Lei.

5) Facilidade na vida do proprietário rural na obtenção de licenças ambientais

A comprovação da regularidade da propriedade acontecerá por meio da inscrição e aprovação do CAR e o cumprimento no disposto no Plano de Regularização Ambiental, que será em breve instituído pelo Estado.

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Não espere o prazo vencer para ver o que irá acontecer com o CAR

Aproveite este mês e faça seu cadastro

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Conheça as 4 mentiras de quem diz prever safras com 100% de certeza

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NDVI

O sonho de quem trabalha com imagens de satélite na agricultura é prever safras com 100% de acerto, com baixo custo e com uma antecedência de muitos meses. Pois é, isso continua sendo um sonho!

Utilizar imagens de satélite para traduzir as condições da planta em campo envolve modelar ou equacionar alguns parâmetros e aí já surge o primeiro ponto crítico. Nenhum modelo possui 100% de certeza, sempre existe um erro associado a ele, por menor que seja sempre é maior do que 0.

O ponto é: sim, é possível prever safras com bastante certeza, mas isso vai depender muito de diversos fatores.

Isso está longe de ser um problema. A previsão de safras tem alguns usos, mas na maioria das vezes é ou melhorar um sistema de previsão subjetivo, ou conhecer alguma área com pouca ou nenhuma informação disponível. Desta forma, as previsões precisam mostrar muito mais tendências do que acertar a produtividade com exatidão.

Ao longo dos anos percebi que é impossível utilizar apenas uma variável para ter certeza absoluta do que está de fato ocorrendo em uma região. Isso me levou a utilizar uma combinação de diversos tipos de dados de variadas fontes e isso trouxe um novo problema que é trabalhar com grande volume de dados. Porém os resultados são cada vez mais próximos da realidade.

A grande vantagem de utilizar sensoriamento remoto para esse tipo de aplicação é poder ter um dado objetivo e rastreável ao longo dos anos e safras. Com imagens é possível voltar décadas no tempo e analisar o perfil de produção de determinada região ou propriedade.

Para fechar o post, segue uma lista com 4 mentirinhas de quem diz prever safras com 100% de certeza:

1- Nuvens não nos afetam porque o satélite tem vários sensores;

Mesmo tendo vários sensores, as nuvens são grandes problemas para quem trabalha com imagens. A utilização de radar ou laser ainda é muito pouco difundida e não possui resultados científicos convincentes.

2- É possível prever a safra quando a planta sair do solo;

Todas as culturas tem estádios fenológicos chave para a produtividade e com certeza nenhuma delas é a emergência, desta forma não dá para dizer muita coisa nessa fase.

3- Nossos algorítimos são especializados para qualquer cultura em qualquer região do país;

Dificilmente isso é real em um país do tamanho do Brasil. Correções e calibrações são essenciais e isso leva algum tempo, dificilmente será instantâneo.

4- Se acontecer algum desvio é culpa das perdas na colheita.

As perdas realmente representam um grande problema para estimações, mas é possível estimar uma produtividade através de outros parâmetros. Desta forma, nem sempre as perdas podem ser culpadas de causar dissonância com a modelagem.

Tem dúvidas nesse assunto? Me escreva!

Especial de 1 ano: O mais procurado

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Nascente

 

 

Para encerrar a semana de retrospectiva, apresento hoje o artigo mais procurado na ferramente da busca no último ano: “Como recuperar nascentes?”.Escrito pelo competentíssimo Marcos Okuno, o artigo aborda de maneira clara e objetiva o processo de manejo e recuperação de áreas de nascente, oferecendo um panorama único para o leitor com dúvidas no assunto.

A equipe toda do Inteliagro agradece muito os leitores que acompanham nosso blog diariamente, contamos com seu apoio nos muito anos que ainda virão. Obrigado!

 

Especial 1 ano – Modelo em escala para agricultura

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Seguindo a série de comemoração de 1 ano do InteliAgro, e para celebrar tudo isso vou relembrar o post que considero de grande repercussão ao meio acadêmico. Foi um post que abordei assuntos de Similitude, Análise Dimensional, Modelos em Escala e a minha Inciação Científica fomentada pelo CNPq “Conselho Nacional de Pesquisa” na qual foi obtido um protótio conceito e aprimoramento técnico ao implemento Rolo Faca.

Modelo em escala para agricultura

Não é um post muito fácil de ler, porém abordei de forma simples com exemplos numéricos para melhorar o entendimento. A aplicação destes conceito à agricultura ou à Engenharia Agrícola não muito difundido, por isso considero um post importante.

 

Especial 1 ano – 5 imagens que farão você pensar em um Engenheiro Agrícola

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Continuando a comemoração de 1 ano do InteliAgro, vou lembrar do post que considero nosso divisor de águas.

O InteliAgro tinha um pouco mais de 1 mês de vida quando lançamos o post:

5 imagens que farão você pensar em um Engenheiro Agrícola

A ideia naquele momento era mostrar para pessoas que não estão por dentro do mundo Agro, coisas que engenheiros agrícolas podem fazer.

Não esperava pela repercussão, mas chegamos a incríveis 5 mil visitas em duas horas!

Esse post acabou sendo um grito para todos engenheiros agrícolas que não conseguem mostrar qual a sua diferença para o agrônomo. Por conta disso considero que é o mais importante da nossa história. Ele nos mostrou como escrever e para quem escrever!

Confira aqui!!

Especial 1 ano – Como alimentar mais pessoas somente consertando nossas fazendas

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Na sexta-feira o Inteliagro completou 1 ano. Para comemorar, cada um de nossos colunistas irá apresentar e justificar qual artigo do blog ele considera mais relevante no último ano. Eu, Felipe, começo apresentando a minha escolha: “Como alimentar mais pessoas somente consertando nossas fazendas”, de 20 de agosto.

Minha decisão por este artigo se deve ao fato de que pequenas atitudes de melhoria nas fazendas podem gerar resultados surpreendentes, sem que necessariamente seja necessário investir grandes somas de recursos. As palavras chaves são planejamento e ação, sem medo de reconhecer erros e corrigi-los.

Como evitar o galope em tratores

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Evitando o galope (Power Hop) em tratores


O Power Hop conhecido como galope de tratores atrapalham os operadores em trabalho agrícola, ela é um fenômeno que deixa o trator saltitante quando se traciona um implemento com elevada solicitação de cargas na barra de tração. Para tentar minimizar este efeito é necessário entender quais são as condições que favorecem o fenômeno. Elas dependem de algumas condições:

  • Tipo de Solo

Solos soltos e secos na qual a tração é mais difícil, enquanto que em solos mais úmidos seu efeitos são minimizados;

  • Tipo de Implemento

Implementos inadequados à potência do trator contribuem para o efeito do galope.

  • Tipo de Operação

Relação trator / implemento e operação mau dimensionado.

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Infelizmente não existe uma receita pronta para eliminar o problema do Power Hop, mas algumas práticas básicas podem ser efetuada para que se minimize os efeitos indesejados, são elas:

  • Distribuição correta de peso

Um trator com tração dianteira auxiliar deve manter a distribuição de peso com a relação 60 / 40, ou seja, 60% do peso no eixo traseiro e 40% no eixo dianteiro, para tratores 4 x 2 a distribuição deve ser 70 / 30 em média.

  • Pressão correta dos pneus

Se as pressões estiverem corretas, uma sugestão será aumentar a pressão dos pneus dianteiros (até 30 PSI) e diminuir a pressão do eixo traseiro.

  • Remover lastros

Retire o lastro parte do lastro líquido e se a patinagem elevar, coloque lastros metálicos, para o eixo dianteiro, adicione lastro líquido até o limite máximo permitido de água.

Entenda a formação do preço de terras no Brasil – parâmetros de influência e referências

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O Brasil tem se mostrado como uma das principais alternativas para o aumento da produção de alimentos e energia. E assim o preço de terras é essencial para a expansão dos negócios.

Por conta disso, o país tem sido alvo de investimentos estrangeiros para aquisição e arrendamento de terras com o intuito de produzir alimentos, para fins especulativos ou ambos. As novas áreas de fronteira agrícola no Brasil que têm sido o principal foco dos investimentos localizam-se principalmente no Centro-Oeste, Norte e Nordeste. No Norte e Nordeste as áreas são ainda relativamente pouco exploradas e, consequentemente, têm elevado potencial de valorização na medida em que há aumento de sua ocupação e desenvolvimento da infraestrutura, podendo gerar lucro aos investidores no longo prazo. Desta forma, evidencia-se a seguinte questão: como alguns dos fatores que determinam o preço da terra impactam em áreas de fronteiras agrícolas e tradicionais?

O potencial de valorização do capital na fronteira, via produção efetiva ou via especulação, está diretamente relacionado à expansão da infraestrutura de transportes e comunicações, além de incentivos fiscais e creditícios, entre outros

Na região de fronteira agrícola conhecida como MAPITOBA (que abrange o sul do Maranhão e do Piauí, o leste do Tocantins e o noroeste da Bahia), alguns dos fatores que impulsionaram o desenvolvimento agrícola foram os estímulos governamentais, como oferta de crédito, pesquisa e assistência técnica e, numa segunda fase, a profissionalização do processo produtivo de grãos, com a instalação de empresas nacionais e internacionais. Desta forma, espera-se que os produtores que se estabelecem primeiro em uma região de fronteira, apesar da menor oferta de infraestrutura, têm ainda o potencial de ganho com a valorização da terra.

A fronteira agrícola atual apresenta um padrão de ocupação semelhante ao do Centro-Oeste, que se caracteriza pelo predomínio de grandes produtores. Os agricultores locais estruturaram suas bases independentemente da política de crédito rural, e a região acabou concentrando uma presença relativamente maior de produtores capitalizados.

O rigor climático torna a agricultura familiar inviável nessas regiões, já que não é capaz de obter renda no período seco do ano, além de tornar menos viável o desenvolvimento de outras atividades além de grãos e pecuária (pelo fato de utilizarem intensivamente a terra, o fator mais barato que a região possui). Assim, o custo de oportunidade da terra usada nas atividades de grãos e pecuária seria praticamente nulo, aumentando a competitividade nessas regiões comparativamente a outras. A produção em grande escala no Cerrado torna-se mais competitiva com a possibilidade de mecanização, reduzindo os custos de preparo da terra, e com o preço mais baixo deste fator na região.

A diferença dos valores da terra nas diversas regiões é dada também pelo preço recebido pelo produtor – dado que refletem a renda obtida pela terra – devido à distância aos principais centros consumidores. Entretanto, algumas empresas acreditam que a proximidade com a área produtora traz vantagens competitivas de localização, o que permite reduzir custos de transporte de cargas entre a planta industrial e a zona de cultivo, mesmo havendo problemas no transporte do produto para o resto do País.

A inovação tecnológica também foi um fator de elevada importância neste cenário, visto que o menor preço da terra também está associado ao contínuo aumento do estoque de terra de boa qualidade, por meio da conversão de terras agricultáveis de qualidade inferior e de terras virgens. A nova tecnologia é importante não somente pela redução no custo de conversão, mas também pela possibilidade desta conversão.

A produtividade agrícola é apontada como fator de extrema relevância na valorização das áreas de fronteira, e uma das principais atratividades dessas regiões, dado que esses ganhos estão relacionados ao potencial ainda não esgotado de modernização agrícola da região, e não apenas à expansão horizontal, que é caracterizada pelo aumento da área de cultivo. O aumento da produtividade – que possibilita ganhos de rentabilidade – atrai não somente agricultores, como grandes indústrias para a região do Cerrado. Assim, tende a estabelecer-se na fronteira um perfil de agroindústria cujos investimentos acabam sendo complementares entre si. Entre os setores mais capazes de induzir investimentos do setor agrícola estão o de óleo vegetal em bruto e o de abate de carnes. Os dois segmentos provocam um encadeamento com a base produtiva agropecuária, indústrias de insumos e máquinas agrícolas, comercialização e transporte.

Por fim, a determinação do preço das terras de uma determinada região envolve diversos fatores que compreendem aspectos técnicos e econômicos gerais, desde a região em questão até a conjuntura atual e perspectivas do mercado para qual vai ser a finalidade de uso da propriedade.

Existem órgãos e consultorias que divulgam o valor do hectare de acordo com o uso da terra e a região, esses dados são obtidos através de informações sobre o mercado regional de terras e servem como valores de referência. Para se obter o valor absoluto da terra de uma propriedade deve-se fazer uma avaliação da propriedade excluindo (quando necessário) as benfeitorias, plantações e criações obtendo somente o valor da terra nua (VTN). A referência para fazer essa avaliação é a NBR 14653-3, nela está a descrição de todo o procedimento para realizar a avaliação de imóveis rurais, bem como suas benfeitorias, máquinas e equipamentos.

Possui dúvidas neste assunto? Me escreva!

Temperatura alta – Grande problema em Hidroponia

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Como visto anteriormente, a hidroponia garante ao produtor uma serie de benefícios referentes a proteção contra pragas e intemperismo, devido a fatores como estufa e a não “utilização” do solo. Ainda assim, o produtor hidropônico terá que enfrentar alguns problemas na sua produção e não estará imune a pragas.

É fato que no verão os produtores hidropônicos conseguem produzir mais e melhor do que os produtores convencionais, tendo em vista as chuvas torrenciais e o sol forte (climas típicos do verão), contudo as altas temperaturas afetam a produção hidropônica também.

O aumento na temperatura da solução nutritiva é um dos piores problemas nessa época, afetando diretamente a plantação. Quanto maior a temperatura da solução, menor a capacidade da solução de dissolver o oxigênio. A alface por exemplo é uma planta que cresce satisfatoriamente num nível de OD (oxigênio dissolvido) de pelo menos 4 ppm. A insuficiência de oxigênio reduz a permeabilidade da água na raiz, ocorrendo a acumulação de toxinas, de forma que, água e minerais não podem ser absorvidos em quantidade suficiente para suportar o crescimento das plantas. Com isso, há murchamento e estresse na planta, acompanhado de taxas mais lentas de fotossíntese e transferência de carboidratos, deficiência de minerais entre outros problemas. Como se não bastasse isso, uma vez que a planta fica estressada, patógenos oportunistas, como o Pythium, podem tomar posse facilmente da plantação.

O fungo pertencente ao gênero Pythium spp é um dos fungos mais problemáticos presentes na horticultura. Caracteristicamente ele ataca as plantas pouco resistentes ou que estão sofrendo de algum estresse proporcionado pelo ambiente na qual ela esta inserida. O fungo ataca o sistema radicular da planta, sendo o principal sintoma o apodrecimento da raízes e consequentemente murchamento da folha. É interessante verificar que há produtos comerciais que podem “eliminar” o fungo da sua plantação, contudo, caso a temperatura da solução continue alta, há a grande chance do fungo voltar (reprodução via esporo), de modo que, seria mais interessante nesse caso pensarmos em métodos para minimizar o aumento da temperatura da solução nutritiva. Contudo deixo isso para um próximo post.

Abraço

Andre