Agricultura de precisão faz alinhamento perfeito

Como foi possível a agricultura evoluir tanto?


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A agricultura evolui cada dia mais, atualmente é possível observar em campo um plantio ou uma pulverização em linhas retas, tão retas que parecem que foram traçadas com o auxílio de uma régua.

Humanamente é praticamente impossível realizar um traçado assim, mesmo que você pense em travar o volante com alguma ferramenta, o veículo autopropelido não se deslocará de forma reta devido às irregularidades do terreno. As pequenas ondulações do solo alterariam pouco a pouco a direção da máquina, é como se passássemos de carro com um lado da roda sobre uma ondulação, ela faz com que o veículo altere sutilmente de direção.

Hoje a agricultura de precisão permite um traçado tão satisfatório que melhoram o aproveitamento espacial das plantas, uso eficiente de máquinas e equipamentos bem como a utilização eficiente dos insumos agrícolas.

A máquina é guiado por um sistema auxiliar via satélite, o sinal é captado por um receptor que codifica o sinal, a partir de então o conjunto eletrônico lê sua exata localização e emite sinal ao circuito hidráulico da máquina que atuam diretamente no direcionamento das rodas. O operador da máquina utiliza o volante apenas para as manobras.

A agricultura de precisão, ao contrário que muitos pensam, não veio para substituir a mão de obra, ela veio para dar melhores condições de trabalho à todos.

Planta daninha pós era dos transgênicos

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Conheça a buva, uma planta daninha problemática pós era dos transgênicos.


A agricultura moderna, através da engenharia genética, trouxe grandes facilidades ao agricultor quanto ao controle de pragas incluindo insetos e plantas daninhas.

Plantas daninhas são problemáticos porque competem com a cultura por água, luz solar, espaço e nutrientes. Caso não sejam controlados no estágio inicial da cultura causam prejuízos produtivos na lavoura.

Herbicidas

Em meados do século XX surgiram os herbicidas que realizam o controle de plantas daninhas, com ação total (todo tipo de planta) ou de ação seletiva que controlam determinados tipos de plantas. Os herbicidas de ação seletiva são importantes para o controle de plantas daninhas que crescem junto com a cultura, sendo assim o produto químico deve ter ação somente nas plantas daninhas sem prejudicar a lavoura. O problema de grande parte dos herbicidas seletivos é porque não são muito eficientes em seu controle além de poder causar pequenos danos à cultura.

Um dos herbicidas mais eficientes de ação total descoberto até então são formulados a base de Glifosato, um herbicida tão eficiente que com pequenas doses do produto controlava-se alta gama de ervas daninhas.Este herbicida porém, não poderia ser aplicado em uma lavoura com cultura instalada pois causaria a morta tanto das plantas daninhas quanto da cultura.

Muito tempo de pesquisa e então surgiram os Organismos Geneticamente Modificados (OGM) plantas comerciais resistente ao Glifosato, vulgo transgênico, embora exista muita controvérsia a respeito do surgimento dos transgênicos nunca se falou tanto a partir de então. A partir deste momento o controle de plantas daninhas nunca foi tão simples, com o plantio dos geneticamente modificados, aplicava-se o glifosato matando as ervas daninhas deixando a cultura totalmente limpa para crescer e se desenvolver.

Buva

O problema quanto à utilização indiscriminada do glifosato seria iminente. Surgiriam plantas resistentes à este herbicida pelo processo de seleção natural, cujo indivíduo resistente se multiplicaria ano após ano.

Apresento-lhes a Buva, conhecido também como Voadeira, Rabo de Foguete e Arranha Gato, possui nome científico Conyza bonariensis, encontrado com freqüência nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. É uma planta que se reproduz por sementes que afetam tanto nas culturas de verão quanto de inverno prejudicando lavouras com plantio intensivo de trigo, milho e soja. Indivíduos com resistência ao glifosato tiveram suas sementes rapidamente dispersadas nas lavouras que tornou uma planta daninha de difícil controle pós era dos transgênicos.

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 Buva infestando lavoura de soja no Paraná

Controle e Manejo

Para o controle de infestação da Buva são necessários proceder boas práticas de manejo, algumas delas são:

  • Rotação de herbicidas, quanto ao mecanismo de ação;
  • Rotação de cultura;
  • Controle mecânico da planta daninha com plantio convencional ou arranquio manual e destruição do mesmo antes do cliclo reprodutivo;
  • Controle químico com herbicidas de diferentes mecanismos de ação de forma sequencial antes da produção de sementes;
  • Controle químico de plantas em fase inicial de desenvolvimento, plantas mais novas são mais suscetíveis aos herbicidas;
  • Plantas adultas com características visíveis de resistência devem ser arrancadas com campina manual ou mecanizada.

Consulte um especialista.

Os benefícios das geotecnologias no setor sucroalcooleiro

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Pode até parecer até um pouco estranho falar sobre isso no ano de 2014, mas a realidade é que o setor sucroalcooleiro não dá o valor que as geotecnologias merecem.

Digo isso por experiência própria. Ao longo de alguns anos observando o que o setor tem feito, vejo que as tecnologias de planejamento e monitoramento de canaviais não avançam e acabam sempre sendo recicladas algumas técnicas arcaicas. Dessa maneira, os resultados são ruins e a tecnologia é colocada em descrédito.

Nas universidades e centros de pesquisa mundo afora, todos os dias, surgem novos métodos de uso de imagens de satélite e/ou análises espaciais para cana-de-açúcar. Métodos muito bons mas que não emplacam no setor. Alguns motivos para isso acontecer são apontados: alunos de pós graduação terminam os projetos e deixam de trabalhar na área; métodos muito complicados são aplicados; a realidade das usinas é diferente da escala de laboratório; etc.

Dos motivos listados acima creio que certa parcela da culpa realmente pode ser desses fatores mas o motivo mais forte na minha opinião é que cada vez mais há uma cobrança por resultados muito rápidos e as geotecnologias mostram grandes resultados em um horizonte de tempo maior quando um grande volume de dados espaciais é colocado a disposição dos profissionais das usinas.

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O que vemos hoje nas usinas do uso de geotecnologias é a adoção do GPS em diversos momentos e o uso de caderno de mapas. O caderno de mapas é uma solução bem antiga que vem se reinventando mas mantém a falta de dinamismo. Já os usos do GPS é o que parece ser mais próspero nesse momento com a adoção de algumas práticas de agricultura de precisão.

Neste ponto que encontro o grande problema do setor nesse momento: existe um grande esforço para adotar-se agricultura de precisão mas ainda não há um controle de todo o canavial. Usando-se um exemplo do cotidiano para ilustrar isso seria: lustrar o capô de um carro com cera importada mas o resto do carro está cheio de lama. O carro nunca ficará limpo assim como o canavial nunca estará com seu máximo aproveitamento.

A saída para esse problema é usar sensoriamento remoto para controlar o campo em tempo real e dar aos gestores agrícolas suporte para tomarem decisões mais precisas. Sensoriamento pode ser feito por inúmeros sensores mas para esse fim de monitorar todo o canavial todos os dias as imagens de satélite são as que apresentam melhor capacidade. Satélites são capazes de imagear todos os dias todas as áreas de uma usina sem a necessidade de operadores como é necessário nos UAV’s ou nos sensores de campo.

Claro que as imagens de satélite possuem limitações como por exemplo incapacidade de imagear com nuvens e menor resolução espacial. Mas quando falamos de milhares de hectares e uma planta (cana) que fica o ano todo em campo, apenas é necessário que existam metodologias (e elas existem) de contornar esses problemas para oferecer um monitoramento inteligente e preciso.

Alguns produtos já foram colocados no mercado como o CTC Sat do Centro de Tecnologia Canavieira mas ele apenas fazia medidas no início da safra, qualquer desvio que ocorresse durante o resto do ano não era detectado e por usar imagens de satélite que passavam pelo mesmo local apenas de 16 em 16 dias, as nuvens do período de chuvas do Centro-Sul eram muito problemáticas para o sistema. Apesar de tudo isso o CTC Sat é o monitoramento de maior sucesso até os dias atuais. Para monitoramento regional, o CTBE (Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol) acabou de lançar um boletim de monitoramento da cana para o estado de São Paulo dividindo a análise nas 12 mesorregiões canavieiras do estado.

Eu acredito que o monitoramento de um canavial deve ser algo dinâmico, de baixo custo operacional e que disponibilize dados quantitativos para permitir tomadas de decisões objetivas pautadas em números.

Se for feito desta forma, todos os setores de uma usina podem utilizar esse monitoramento como uma ferramenta de tomada de decisões, desde o plantio até a venda do açúcar e do etanol.


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Combinando as imagens de satélite com dados meteorológicos e dados históricos da usina dentro de algorítimos evolutivos e bem calibrados é possível prever a safra e apontar problemas de pragas, secas e até mesmo falhas de plantio. O importante é que ao longo do tempo sejam inseridos na base mais dados, para transformar as soluções estudadas na academia, em soluções locais para cada usina.

Se uma usina aderir a um monitoramento desse tipo, ela vai gozar de três grandes benefícios:

  • Economizar com os deslocamentos das equipes de campo – levando-as apenas para os locais que realmente têm necessidade;

  • Antecipar medidas paliativas – como por exemplo exterminar pragas ou replantar em falhas;

  • Ser capaz de saber a produção com meses de antecedência – melhorando todo o planejamento da cadeia.

 O melhor de tudo é que não existem malefícios no uso das geotecnologias, uma vez que apenas auxiliam e melhoram os processos existentes hoje em dia nas usinas. Além disso, como uma ferramenta robusta serve de base para que seja feito o aumento da escala com o uso de UAV’s e técnicas de agricultura de precisão.

Enfim, as geotecnologias são essenciais para que as usinas e o setor sucroalcooleiro como um todo possa ter controle do campo e não apenas fique rezando, esperando que a safra seja boa.

Você sabe a diferença entre carro e trator?

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Você realmente conhece quais são as principais diferenças e semelhanças entre um carro e um trator?


A priori, podemos imaginar que as diferenças são tão óbvias que nem é preciso ser um especialista para saber que uma coisa não tem nada a ver com a outra, não é bem assim, verificaremos aqui as diferenças conceituais do ponto de vista da física e da mecânica. Ambos são veículos motorizados que desenvolvem potência durante sua utilização consequentemente imprimem força, velocidade, torque e trabalho, sem contar com a transformação termodinâmica que ocorrem nos motores.

Você sabia que tanto o trator Massey Ferguson quanto o Fiat Uno possuem mesma Potência?

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Embora estes dois veículos movidos com diferentes tipos de combustíveis, ambos possuem potência nominal em torno de 75 CV, porém cada um desempenha o seu papel para a qual foi projetada. O carro por exemplo seria incapaz de tracionar um arado ou qualquer outro tipo de implemento mais pesado, nem mesmo o trator ser capaz de atingir velocidades superiores à 70 Km/h. O conceito fundamental de baseia em:

TRATOR:

1- Capacidade de tração – O trator como o próprio nome já diz, aquele que exerce tração, possuem recursos que de lastreamento (aumento de peso) para que o mesmos exerça mais atrito dos pneus ao solo para que o mesmo possa tracionar carga mais pesada. A capacidade de tração pode ser chamada também de Coeficiente de Tração, é uma relação de forças entre o Peso Estático Traseiro e a força de Tração Horizontal na Barra – (CT = THB/PET), em teoria quando essa relação aumenta, ou seja, quando há aumento de carga resistente a ser tracionada, a patinagem do trator também aumenta e se o lastro for aumentado, mais carga será possível de ser tracionada.  A patinagem em operação agrícola é um requisito importante desde que esteja dentro dos limites aceitáveis.

2- Lastro – Um trator pode ser lastreado adicionando água aos pneus, até 75% do volume para pneus diagonais e 40% para pneus radiais, além dos lastros metálicos que são acoplados na parte frontal e também no eixo da roda traseira, os lastros porém devem ser colocados de forma balanceada que permita o equilíbrio dinâmico do trator durante a operação, caso os lastros forem colocados inadequadamente podem o trator pode tender a “galopar” mais conhecida como POWER HOPE causando desconforto ao operador e pode também elevar o consumo de combustível por excesso de peso.

3- Torque- A transmissão de um trator é toda projetada para que proporcione elevado troque ao eixo de tração, rodas, isso é possível através de reduções no conjunto de mecanismo de transmissão. O conceito teórico é que a potência é o produto da rotação pelo torque (P = Rotação x Torque), mantendo a potência constante, se um dos fatores for aumentado o outro deve diminuir.

4- Motor – Uma das características mais importantes em um motor de um trator é a Reserva de Torque conforme já explicado em outra postagens (clique aqui). Ela é importante porque permite perder rotação em determinada condição de trabalho (aumento da resistência do conjunto tracionado) sem que o motor se apague ou que necessite da troca de marcha, pelo contrário, o motor aumenta o torque do mesmo até vencer o obstáculo. Os motores normalmente possuem cursos mais longos do pistão porque possuem virabrequins maiores que possibilitam mais torque ao motor.

CARRO:

1- Relação peso potência – Para um carro, é importante que a relação Peso/Potência seja baixo, haja visto que um carro não trabalha tracionando cargas, é importante que o veículo mantenha – se leve para que se tire o máximo de proveito da potência do motor para atingir altas velocidades.

2- Transmissão – A transmissão do carro foi feita para atingir velocidade elevadas, diferentemente do trator, o carro carro possui menos redução de rotação no sistema de transmissão.  A caixa de mudança apresentam componentes mais frágeis porque o torque no sistema de transmissão é menor.

3- Motor – O curso do pistão é mais curto de sua superfície é maior, desta forma esses motores atingem rotações mais elevadas que permitem atingir velocidades mais elevadas.

Existem mais diferenças mas ficamos por aqui, dúvidas? Deixe o seu comentário

O que é o CAR?

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Uma das novidades do novo código florestal foi a criação do CAR (cadastro ambiental rural) que pode ser feito pelo site do governo federal (http://www.car.gov.br). Já falamos aqui rapidamente sobre ele (Entenda o que é o CAR em três frases), mas agora falaremos um pouco mais profundamente.

O CAR é um meio estratégico de controle, monitoramento e combate do desmatamento e a conservação da vegetação visando preservar as APP’s (Áreas de Preservação Permanente) e as RL’s (Reservas Legais).

Cadastro

O cadastro do imóvel pode ser feito no órgão ambiental estadual ou municipal competente que irá disponibilizar o endereço eletrônico para a inscrição bem como a consulta e acompanhamento da situação do imóvel rural.

Implementação

A implementação do CAR foi um grande avanço para o meio rural uma vez que o mapeamento das divisas da propriedade eram feitas com o uso de teodolitos (https://inteliagro.com.br/teodolito/). Isso trazia menor precisão por conta da subjetividade na escolha dos vértices de partida. Com o avanço do uso de GPS e o sensoriamento remoto,  aumentou-se a precisão na demarcação das áreas, diminuiu o tempo de serviço e facilitou a consulta  e acesso a dados georreferenciados.

Benefícios

De acordo com a Lei Federal promulgada e sancionada pela Presidenta da República, a inscrição do CAR além de possibilitar um planejamento ambiental e econômico do uso e ocupação do imóvel rural é o primeiro passo para o acesso à emissão das Cotas de Reserva Ambiental e aos benefícios concedidos pelo programa, dentre eles:

  • Possibilidade de regularização das APP e/ou Reserva Legal vegetação natural suprimida ou alterada até 22/07/2008 no imóvel rural, sem autuação por infração administrativa ou crime ambiental;
  • Suspensão de sanções em função de infrações administrativas por supressão irregular de vegetação em áreas de APP, Reserva Legal e de uso restrito, cometidas até 22/07/2008.
  • Obtenção de crédito agrícola, em todas as suas modalidades, com taxas de juros menores, bem como limites e prazos maiores que o praticado no mercado;
  • Contratação do seguro agrícola em condições melhores que as praticadas no mercado;
  • Dedução das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito base de cálculo do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural-ITR, gerando créditos tributários;
  • Linhas de financiamento atender iniciativas de preservação voluntária de vegetação nativa, proteção de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção, manejo florestal e agroflorestal sustentável realizados na propriedade ou posse rural, ou recuperação de áreas degradadas;
  • Isenção de impostos para os principais insumos e equipamentos, tais como: fio de arame, postes de madeira tratada, bombas d’água, trado de perfuração do solo, dentre outros utilizados para os processos de recuperação e manutenção das Áreas de Preservação Permanente, de Reserva Legal e de uso restrito.

Peça de museu: Teodolito

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teodolito

Teodolito é um instrumento que mede ângulos. Através dessas medidas é possível calcular distâncias e alturas.

No agronegócio os teodolitos foram de imensa valia para medir talhões, propriedades e identificar curvas de nível. Nos dias de hoje com a existência de aparelhos GPS de precisão os teodolitos deixaram de ser usados. Com os aparelhos atuais ganha-se na precisão e na praticidade, desta forma os teodolitos que muito ajudaram na agricultura passam a ser peças de museu.

Quais são as 10 lavouras mais importantes do mundo.

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Agricultor indiano

Acordei nesta manhã com a seguinte dúvida: Quais são as principais lavouras cultivadas no mundo? Eu não queria saber o quanto isso representava em valores monetários ou em porcentagem do PIB , mas sim na quantidade produzida, já que é a oferta do produto que dirá se ele estará presente na vida de cada habitante do nosso planeta. Consultando o site da FAO foi possível compilar ,com os dados mais recentes (2012), os cultivos mais importantes do mundo pela sua produção em milhões de toneladas (Mt).

 

10º – Cebola – 86,3 Mt;

9º-  Banana – 107,1 Mt;

8º – Tomate – 159,3 Mt;

7º – Mandioca (Aipim) – 256,4 Mt;

6º – Soja – 262,0 Mt;

5º – Batata – 373,2 Mt;

4º – Trigo – 701,4 Mt;

3º- Arroz – 722,6 Mt;

2º – Milho – 885,3 Mt;

1º – Cana-de-açúcar – 1800,4 Mt .

 

Choveu quanto a menos em SP?

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BOLETIM

 

Em algumas regiões do estado a precipitação foi até 71% menor do que no ano de 2013. Isso mostra a gravidade da situação em que a população e agricultura do estado vivem.

O que é LUC e iLUC?

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Nada mais é do que a sigla em inglês para Mudança de Uso do Solo (Land Use Change) e Mudança de Uso do Solo Indireta (Indirect Land Use Change).

Mudança de uso do solo é quando existe uma cobertura e ela é convertida em outra. Isso está intimamente ligada ao mundo agrícola que causa mudanças de uso para implantação de culturas.

A Mudança de Uso Indireta é um fenômeno criado quando a mudança de uso em uma região causa mudança de uso em outra. Um grande exemplo é que a soja empurrou os pecuaristas de Goiás para o Pará. Essa mudança de pasto para soja causou a mudança de floresta para pasto em outra região.

É um assunto um pouco controverso mas de extrema importância para a análise da sustentabilidade agrícola.

3 atitudes que transformam uma fazenda em uma empresa

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Nos dias atuais é impossível pensar em uma fazenda como simplesmente um pedaço de terra que os produtores plantam ali e colhem sem preocupações do que acontece ao redor dela. Uma fazenda é uma empresa sempre, mas ainda em muitas são empresas fadadas ao fracasso. Para transformar fazendas em empresas de sucesso são necessárias algumas atitudes focadas em técnicas de administração e não apenas na tradição do cultivo. Vou elencar aqui três atitudes que podem transformar uma fazenda em uma empresa bem sucedida.

1- Ter um Fluxo de Caixa:

Parece algo simples mas a maioria das propriedades ainda não contabiliza suas entradas e saídas para ter um fluxo de caixa mapeado e definido. É de extrema importância que tudo aquilo que entra e sai da propriedade seja rastreado com precisão e seu custos e ganhos anotados em uma planilha ou nos ERPs.

2- Criar um Planejamento de Longo Prazo:

É muito importante definir em longo prazo o que a propriedade irá produzir, para quem ela irá vender e quais serão seus fornecedores. Sem esse planejamento cada safra acaba sendo mais desgastante que a outra e as lições não são aprendidas para serem repassadas para as próximas.

3- Diversificar a produção:

Foi-se o tempo em que plantar uma grande área de uma única cultura era garantia de sucesso. Diversificar a produção traz estabilidade ao caixa da propriedade que não depende de preços do produto final. As grandes empresas rurais de sucesso produzem diversas culturas dentro de uma propriedade e essas culturas podem gerar subprodutos dentro da própria propriedade, aumentando os ganhos.

BÔNUS – Ser Sustentável:

Não adianta investir nos itens anteriores se a sustentabilidade for deixada de lado. Respeitar o ambiente, a sociedade e ser economicamente forte é essencial para que as empresas rurais consigam crescer sem gerar problemas para o futuro. Ser sustentável é uma obrigação!