Quais foram os maiores exportadores e importadores agrícolas em 2013

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Navio carregando soja em Paranaguá

 

Apesar da OMC declarar que a performance  do comércio internacional em 2013 foi melhor que o do ano anterior, o crescimento desde fluxo foi de apenas 2,1%, concorrendo com o crescimento do PIB global. Evidentemente este desempenho não foi excepcional, todavia já é um sinal de que a tormenta da crise de 2008 começa a dissipar.  A seguir estão descritos os maiores exportadores e importadores de produtos agrícolas em 2013.

 

Maiores exportadores:

1º União Europeia – € 120 bi

2º EUA – € 115 bi

3º Brasil – € 65 bi

4º China – € 36 bi

5º Canada – € 34 bi

6º Argentina – € 30 bi

 

Maiores importadores:

1º União Europeia – € 102 bi

2º EUA – € 84 bi

3º China – € 84 bi

4º Japão – € 46 bi

5º Rússia – € 28 bi

6º Canada – € 26 bi

 

O Brasil figura como terceiro maior exportador em 2013, mas não consta entre os seis primeiros importadores agrícolas, confirmando o que já parece lei: É a agricultura nacional que salva nossa balança comercial. Sim, a mesma agricultura que é vista como vilã por alguns setores oportunistas da sociedade.

Como alimentar mais pessoas somente consertando nossas fazendas

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O problema em alimentar o mundo deriva de poucos países. Se focarmos na resolução destes problemas, seremos capazes de potencialmente alimentar mais 3 bilhões de  pessoas e reduzir significativamente o dano ambiental causado pela agricultura.

Paul West (Universidade de Minnesota ) e seus colegas procuraram por “pontos de alavancagens”: aqueles com maior potencial de mudar a maneira em como produzimos comida. Eles focaram nas 17 culturas que representam 86% de toda caloria alimentar produzida no mundo e que consome a maior parte da água e fertilizante disponíveis.

O estudo de West sugere três áreas fundamentais onde podemos alavancar a produção de alimentos:

  • Incrementar a produtividade das lavouras:  É preciso tirar mais comida das fazendas existentes. A equipe identificou as regiões onde a produtividade é muito baixa, sendo que a maioria está na África, Ásia e leste da Europa. Elevando a produção destas fazendas  em somente 50% do ponto ótimo é possível alimentar mais 850 milhões de pessoas;
  • Cultivar de uma maneira mais ecológica: Cortar as emissões de gases de efeito estufa (principalmente pelo desmatamento), o uso excessivo de fertilizantes e melhorar a eficiência da irrigação. Os países responsáveis pela maior parte dos danos ambientais na agricultura são os EUA, Índia, Brasil, China, Indonésia e Paquistão.
  • Desperdício de comida: Atualmente, entre 30 e 50 por cento de toda comida vai para o lixo. Eliminando todo o desperdício que ocorre nos EUA, China e Índia é possível alimentar mais 400 milhões de pessoas por ano.

 

Principais problemas na produção agrícola
Principais problemas na produção agrícola pela mundo

 

Mas o estudo de West tem uma pegadinha. Como somente 51% da produção agrícola é usada na para alimentar diretamente humanos,  ele informa que se as lavouras utilizadas nos EUA, Brasil, China e Europa ocidental para alimentar animais forem realocadas para o consumo humano, seria possível alimentar mais 2,4 bilhões de pessoas. Evidentemente este cenário é pouco provável de acontecer, mas  não deixa de ser teoricamente plausível.

 

Este texto tem como fonte a revista New Scientist.

Modelo em escala para agricultura

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Você sabe como são calculados os modelos em escala?

Muitas pessoas conhecem os modelos em escala com relação aos carros em miniaturas colocadas em túneis de vento para simular a força de arrasto ou força resistente do ar causado pelo conjunto aerodinâmico do veículo; ou ainda, quem nunca assistiu ao Mythbusters simulando modelos em escala de pontes ou outros tipos de estruturas?

Pois bem, modelos em escala são simples quando pensamos em termos de dimensões lineares, espaciais ou volumétricas, mas quando entram variáveis correlacionadas com velocidade, densidade, viscosidade e forças por exemplo, o processo já não é tão intuitivo assim.

Para entendermos um pouco sobre modelo em escala, primeiramente devemos entender o conceito de análise dimensional, então vejamos:


Análise Dimensional

Segundo Murph (1950), a análise dimensional é uma poderosa ferramenta analítica desenvolvida a partir de considerações das dimensões na qual cada fenômeno é expressa por uma unidade pertinente.

MACIEL (1993) esclarece que a análise dimensional é um método de dedução lógica dos grupos de variáveis envolvidas em um processo e se fundamentam em dois axiomas principais: pode-se somente estabelecer um estado de igualdade entre duas grandezas que tenham as mesmas dimensões (princípio da homogeneidade); a razão entre duas grandezas é independente da unidade em que são medidas, desde que empregue a mesma unidade para ambas.

A análise dimensional, desenvolvido a partir destes dois axiomas, difere de outros tipos de análise em que se baseia unicamente nas relações que devem existir entre as variáveis ​​pertinentes por causa de suas dimensões, em vez de ser baseada na lei do movimento de Newton ou outras chamadas leis naturais (Murphy, 1050). Portanto, sistemas diferentes são dinamicamente semelhantes quando são geometricamente semelhantes, possuem as mesmas condições de contorno e iniciais e possuem os mesmos números adimensionais com valores idênticos.

Análises Dimensionais trata-se dos aspectos de grandeza de medidas. Aspectos qualitativos das medidas são expressos em termos de grandezas tanto primárias quanto secundárias. As grandezas primárias são normalmente mais aceitas como referência em relação a outros termos específicos. Por exemplo, kg, m, s, e K são respectivamente as grandezas principais de massa, comprimento, tempo e temperatura em unidades do Sistema Internacional. As grandezas derivadas ou secundárias são expressas em termos de grandezas primárias baseadas nas relações matemáticas (Murphy, 1950). Assim, a velocidade, que é a distância/tempo, tem a unidade m.s-1.

Murphy (1950) explica que grandezas fundamentais não são necessariamente o mesmo que grandezas primárias. Muitas vezes, a força é escolhida como uma grandeza fundamental em engenharia, embora não seja uma grandeza primária. As dimensões dessas grandezas de base são utilizadas na obtenção de dimensões de outras grandezas. Assim, se a força (F), o comprimento (L), o tempo (T), e temperatura (θ) são utilizados como grandezas fundamentais, então, a massa terá as seguintes dimensões:

Força = Massa * aceleração

Força = Massa * (dx/dt²)

Massa = Força * (dt²/dx)

Ou, em termos de dimensão:

M = F*(T²/L)

Foram utilizados comprimento, força, tempo e temperatura como grandezas fundamentais neste caso. O poder da análise dimensional reside em sua capacidade para classificar equações, converter equações de um sistema de unidades para outro, desenvolver equações de predição, reduzir o número de variáveis ​​a ser investigado em um experimento, e proporciona a base para a teoria da similitude (Murphy, 1950). Dinâmica dos solos foi amplamente beneficiada com características poderosas da análise dimensional. Esta técnica tem sido amplamente usada durante os anos 1960 e 1970 para desenvolver equações de predição, reduzir o número de variáveis ​​a serem investigadas, e conduzir os estudos do modelo, Upadhyaya (2009).

Glancey et al (1996) citado por Upadhyaya (2009) desenvolveu uma técnica para medir o esforço de tração de um implemento agrícola utilizando uma ferramenta de mobilização padrão como um dispositivo referência. Foi hipotetizado de que uma ferramenta apenas de mobilização padrão era capaz de caracterizar as propriedades dinâmicas do solo relacionadas ao preparo. Constatou-se que a metodologia eliminou a necessidade de testar cada equipamento em cada local para determinar os esforços de tração. Caso contrário os implementos a serem estudados seriam testados em um local de ensaio (seja em campo de prova ou no laboratório) em vários tipos de solo em diferentes condições. Portanto, apenas uma condições de solo local foi suficiente para ser considerado como referência e ainda, para a determinação do esforço de tração do implemento em qualquer localização, somente a ferramenta de cultivo padrão seria o suficiente para ser testado no local.

A análise dimensional consistem em um recurso matemático em que problema de determinado número de variáveis possa ser reduzido a um problema com menor número de termos chamados de Pi (π). Esta redução no número de variáveis ​​é uma grande vantagem fornecida pela análise dimensional. Esta redução no número de variáveis ​​pode ser facilmente determinada pelo teorema Pi de Buckingham. O teorema Pi de Buckingham diz que o número de Pi termos  necessários para expressar uma relação entre as variáveis ​​é igual ao número de variáveis ​​envolvidas no processo (n) menos o número de dimensões (b) necessária para expressar as variáveis (Murphy, 1950).

Este teorema é especialmente útil na concepção de experiências, uma vez que permite reduzir o número de variáveis ​​a serem investigados, reduzindo assim o tempo necessário, a complexidade e custo da realização das experiências, Upadhayaya (2009).

Wismer et al. (1977) citado por Upadhayaya (2009) forneceu uma excelente revisão do estado da arte em aplicação de metodologia similitude de problemas de interação solo-máquina. Na qual foi abordado problemas como: (1) interação solo-pneu, (2) o corte do solo, (3) propriedades dinâmicas do solo, (4) interação ferramenta de manejo do solo, e (5) corte do solo por lâminas.

Modelagem Dimensional

Segundo o Szirtes (2007), a finalidade do modelo tridimensional é ser capaz de experimentar em um modelo prévio de uma réplica em escala reduzida da construção original, chamado protótipo, e estudar os resultados obtidos com o modelo. Um protótipo é um dispositivo que apresentam sistemas físicos observáveis no modelo para predizer com precisão o desempenho de um sistema físico no projeto desejado.
A utilização de modelos facilita a concepção e testes na engenharia ou física para experimentação em projetos que sejam devidamente concebidos, construídos e utilizados de forma significativa para reduz a probabilidade de cometer erros no projeto.
Existem, porém, casos em que o teste do produto em escala não é apenas impraticável, mas é impossível; por exemplo, a previsão da taxa de erosão de uma margem do rio não seria possível sem o modelo de experimentação reduzido e estudos das características dos rios pertinentes.
Em geral, a modelagem é reproduzido quando se deseja obter:

  • Dados experimentais válidos para o protótipo como a deflexão de uma viga carregada em uma forma.
  • Comportamento de um sistema físico (por exemplo, a vibração de uma gota de líquido restringida pela tensão superficial)
  • Relação funcional entre as variáveis, se a forma analítica é demasiado complexa, imprecisa ou desconhecida (por exemplo, os problemas de transferência de calor)

Portanto, em geral, é aconselhável a modelagem quando:

  • O protótipo é muito pequeno ou muito grande;
  • O protótipo não é acessível;
  • As magnitudes das variáveis ​​sobre o protótipo é muito pequeno ou muito grande para ser medida;
  • Teste em produto levaria tempo muito longo ou um tempo muito curto.

É um equívoco pensar que o modelo deve ser fisicamente menor que o protótipo. Embora os modelos de pequena escala são os mais comuns, eles não são de escolha universal; de fato, muitas vezes é possível, nem mesmo desejável construir um modelo menor que o protótipo. Por exemplo, para determinar a dinâmica e características de flexão de mecanismos em miniatura, obviamente, um modelo em larga escala é mais apropriado.
Outra falsa crença é que um modelo deve ser geometricamente semelhante ao protótipo. Mais uma vez, embora a semelhança geométrica é muitas vezes desejável, não é sempre possível alcançar, e ainda que um modelo possa ser facilmente construído e experimentado. Com efeito, por vezes, a maior vantagem de um modelo é poder ser geometricamente diferente do protótipo. Embora os modelos são usados ​​em uma variedade extremamente ampla de projeto de engenharia e teste. Apenas algumas das aplicações mais benéficos estão relacionados com:

  • Reatores nucleares e outros produtos que exigem alta contenção;
  • Estruturas submarinas (por exemplo, barragens, plataformas);
  • Estruturas que, em geral, possuem configurações grandes ou complexos (por exemplo, pontes);
  • Eventos associados, em geral, com a aerodinâmica, hidrodinâmica, e efeitos, como explosões, vento, ondas, etc;
  • Problemas envolvendo a propagação de calor, em particular condução e convecção (natural e forçada).

Modelagem também encontrou algumas aplicações muito engenhosas em áreas tão diversas como biomecânica, eletromagnetismo, fisiologia, matemática e geometria. Por outro lado, alguns temas são geralmente inadequadas para a experimentação de modelos. Entre elas podemos citar:

  • Propagação de trincas em estruturas;
  • Efeitos de fluência;
  • Efeitos de retração;
  • Efeitos adesivos.

Vamos ao exemplo:

Um implemento agrícola muito comum o rolo faca.

Sem título

O rolo faca é uma importante ferramenta para o manejo de uma agricultura conservacionista, ela consiste em uma máquina de arrasto que realiza o esmagamento e picagem do material de cobertura de solo com a rolagem de um cilindro lastrado contendo lâminas cortantes em ser entorno.

A utilização deste se tornou muito comum também para sistema de cultivo de arroz irrigado por inundação (arroz alagado), muito utilizado para incorporação de resíduos de cultura na lavoura bem com para acamar o arroz após a colheita para evitar o rebrotamento.

Cálculos:

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Determine a força “F” e velocidade “V” necessária para tracionar o rolo faca em escala real (protótipo) com massa (P) projetada para 500 kg  de  através dos dados obtidas na condição do modelo em escala reduzida:

  • P = 90 kg (massa);
  • V = 2,5 m/s (velocidade de trabalho);
  • F = 1250 N (força de tração exigido);
  • g = 9,8 m/s² (aceleração da gravidade);
  • ρ = 1655 kg/m³ (densidade do solo alagado).

Adimensionais no sistema M L T (massa, comprimento, tempo).

Variável Símbolo Dimensão
Força de tração F M1.L1.T-2
Aceleração da gravidade g M0.L1.T-2
Massa P M1.L0.T0
Velocidade V M0.L1.T-1

Densidade do solo

Ds M1.L-3.T0
  F V P Ds g
M 1 0 1 1 0
L 1 1 0 -3 1
T -2 -1 0 0 -2

O determinante dos coeficientes dos termos remanescentes deve ser diferente de zero, ou seja, deve haver uma independência linear entre eles.Sem títuloEntão os “π termos” são determinados a partir de uma simples álgebra:

Sem título

O conceito chave para o modelo em escala é a igualdade dos π termos entre o modelo em escala reduzida e o modelo em real:

Sem título1

O protótipo deverá ser tracionada a um força de 6944 N com uma velocidade de 5,89 m/s.

E segundo o conceito da relação entre massa e dimensão linear “L”, desde que o modelo tenha similaridade escalar do protótipo, obedecem um relação cúbica, ou seja:

Sem título

Portanto o modelo reduzido corresponde em dimensão linear em 56% do protótipo.

Este foi um exemplo simples da utilização do modelo em escala em um implemento agrícola!!!


Créditos aos Professores Doutores:

Antônio José da Silva Maciel
Daniel Albiero
  • UPADHYAYA, S. K. Dimensional Analysis and Similitude Applied to Soil-Machine System. In Advances in Soil Dynamics Volume 3. St. Joseph, Mich.: ASABE. Copyright 2009 American Society of Agricultural and Biological Engineers.
  • MURPHY, G. Similitude in engineering. 1o Ed. New York: Ronald Press, 1980.
  • SZIRTES, Thomas. Applied dimensional analysis and modeling, 2007.

Cana de ano, ano e meio ou inverno?

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Alguns termos tornam-se muito peculiares de determinadas áreas de atuação. No setor sucroenergético os termos cana de ano, ano e meio e inverno são usados sempre, mas o que é isso?

Esses nomes são dados para classificar o modo que a cana é plantada. Dependendo da época do ano, o plantio da cana irá influenciar como ela irá se comportar no primeiro corte e consequentemente nos demais.

  • Cana de Ano: é plantada em outubro ou novembro (início do período de chuvas). O problema da cana de ano é que a planta tem muito pouco tempo para crescer e entra no processo de maturação seis meses depois de plantada. Resultado disso é uma produtividade pequena na primeira colheita mesmo sem ter problemas de má brotação.

 

  • Cana de Ano e Meio: é plantada em fevereiro ou março (final do período de chuvas). Assim a cana tem um período curto para brotar e passar o inverno quase inerte até que comece a crescer novamente com a chegada das próximas chuvas. Com o final do período de chuvas ela começa a maturar e só então é colhida (18 meses depois do plantio). Com isso, existe um longo período de crescimento da planta e as produtividades tendem a ser bem altas.

 

  • Cana de Inverno: uma modalidade que ganha cada vez mais adeptos. A cana é plantada em junho ou julho com a utilização de torta de filtro e/ou vinhaça para auxiliar na brotação em um período que não chove. Desta forma, em 12 meses a cana está pronta para ser colhida e teve mais tempo para desenvolver-se, mas mesmo assim a produtividade é menor que a cana de ano e meio.

 

Todas as usinas precisam usar as três modalidades para que o planejamento seja bem feito, portanto não tem como escolher o melhor, mas sim o que mais se adapta a determinada situação.

Brazilian Way of Farming

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Brazilian way of farming, or should I say Brazilian Middle West way of farming? Anyway, Middle West of Brazil represented by Mato Grosso, Mato Grosso do Sul and Goiás are most important states in terms of grains production including soybean and maize. So, let’s see some characteristics of Brazilian agriculture here, in other words, what kind of techniques farmers are using?

1 – Crop-Livestock integration

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Crop and livestock integrated systems is cultivated with soybeans, maize, sorghum, cotton and others. According to EMBRAPA crop-livestock integration is rotation of crop and livestock activities within the rural property in a planned manner, so that there are benefits to both. Allows, as one of the main advantages that the soil is exploited economically throughout the year or at least most of it, favoring an increase in the supply of grains, fiber, wool, meat, milk and bioenergy at lower costs, due to the synergism that is created between farming and grazing. This system can still be one important alternative to pasture recuperation and improvement of annual crops. They increase straw to minimum tillage systems, improve soil chemical, physical and biological properties, and better use of equipments, farmers income, and jobs in rural area.

2 – No-till farming

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No-till farming or zero tillage or direct drilling is the way of crop without disturbing soil through tillage machinery. This technique increases the water infiltration into the soil and increases organic matter retention and cycling of nutrients in the soil. It can increases the variety of biological life in the soil, including many beneficial organisms for the plants, organic matter is very important in sandy soils because it leaves the soil more resilient and raises the capacity of cation exchange. Farm operations are made much more efficient, particularly improved time of sowing and better trafficability of farm operations.

3 – Weather

The climatic conditions allow the production of two or three crops per year when irrigated. High temperatures during most of the year and high solar incidence favors the grain crop such as soybeans, corn, cotton, sorghum, sugar cane and others. Constant and high levels of rain from late September to April facilitate the scheduling and planning of planting and harvesting of the first and second crop. Usually the first crop is soybean and the second is the maize.

4– Crop genetic improvement

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Genetic improvement, not only in Brazil but worldwide helped raise crop productivity in general, it has been a great ally to meet the demand for food in the world.

5- Agricultural machinery

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Technology in the field have advanced greatly in recent years, with the advent of large machines was possible to grow in large areas. Automation equipment with the aid of GPS has allowed the practice of precision agriculture.

Preciso atualizar a imagem do Google Earth da minha propriedade, como faço?

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No último mês essa pergunta do título foi feita para mim algumas dezenas de vezes. Em geral é assim:

Tenho algumas áreas (ou propriedades) e quero ver todas elas na tela do meu computador, como faço? Como melhoro as imagens do Google Earth?

Não, infelizmente não será tão simples assim…

Com o advento do Google Maps e Earth o modo que as pessoas passaram a lidar com mapas e imagens de satélite mudou completamente. Antes deles, ver uma imagem de satélite da nossa casa ou fazenda, parecia algo que remetia a ficção científica. Era impossível imaginar que um serviço na nuvem traria imagens do mundo todo para acesso rápido e fácil em qualquer lugar. O Google Maps e Earth revolucionou a maneira que as pessoas encaram as geotecnologias. Hoje em dia quase todo mundo sente-se íntimo de um mapa.

Nós que trabalhamos com geotecnologias temos muito o que comemorar e um pouco que temer. Com essa popularização de mapas e imagens de satélite, as pessoas passaram a acreditar no potencial das mesmas e nossos trabalhos começaram a ser mais valorizados em vários setores da sociedade que antes pareciam improváveis como por exemplo empresas de seguro e corretagem agrícola.

Nesses setores sempre foram utilizados técnicos de campo com grande competência que percorrem milhares de propriedades para verificar dados declarados ou para fazer valoração da terra em questão. O problema é que o trabalho é lento e oneroso.

Aí que surgiu um dos problemas do advento dos serviços do Google para geotecnologias. Muitas empresas utilizaram os profissionais que estavam treinados para fazer as verificações de campo para fazerem as mesmas verificações mas utilizando imagens de satélite do Google Earth.

Alguns cuidados básicos devem ser levados em conta ao trabalhar-se com imagens e são necessários profissionais treinados e capacitados para que o trabalho não produza diversas bobagens.

Imagens de satélite tem características próprias como por exemplo:

-Tamanho do pixel (área mínima que é contabilizada como uma unidade visual);

-Freqüência de passagem (a cada quantos dias o satélite passa novamente sobre a mesma região do globo);

-Quantidade de informações diferenciadas por pixel (quantos valores diferentes podem ser captados em cada pixel);

-Distorção;

-Desvios.

Esses são alguns dos exemplos e o Google Earth ainda tem uma variável a mais que nos remete ao título do post: as imagens que estão na base do Google são imagens que foram adquiridas por alguém, ou seja, o satélite imageou sob encomenda uma determinada região. Desta forma, muitas regiões do globo terrestre tem imagens de baixa resolução ou muito de média resolução mas muito desatualizadas. Outro fenômeno comum são regiões cobertas por nuvens.

Com isso, foi assumido em serviços, muita coisa que as imagens de satélite não estavam realmente refletindo e as análises a distância começaram a ter mais incertezas do que certezas e assim muitas empresas que as adotaram logo concluíram que elas não prestavam.

Com certeza isso é uma conclusão errônea, o sensoriamento remoto e as geotecnologias são fortes aliados para qualquer trabalho como os citados no texto, mas sempre deve haver critério no momento das análises. As áreas devem estar georreferenciadas, as imagens devem ser adquiridas se necessário, deve-se tratar as imagens antes do uso entre outras boas práticas que qualquer bom profissional adotará.

Minha resposta para todos que me indagaram sobre isso foi: guarde o Google Earth para consultas rápidas e utilize ferramentas mais robustas para suas análises a distância.

Este texto tem o cuidado de ser o menos técnico possível para fácil compreensão, caso você encontre algum problema, por favor me escreva.

Quando um container se sente “estufado”…

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Não, esse não é um posto sobre remédio pra gases ou iogurtes pra soltar o intestino. Um container “estufado” é um container que recebeu a carga a ser transportada. Além de “estufagem”, pode-se chamr o processo de “ova” ou “carregamento”, entre outros termos. Mas a estufagem não é um mero acondicionamento de carga sem qualquer planejamento ou método: procura-se buscar por um lado a eficiência no uso do espaço, e por outro o respeito a limites de capacidade de carga.

Um bom exemplo é a estufagem de açúcar ensacado. As sacas padrão tem 50 Kg, e um container de 20 pés, ou 01 TEU (não sabe o que é “TEU”? Clique aqui!) são acomodadas 540 sacas, totalizando 27 toneladas. As sacarias são sobrepostas como “tijolos”, formando uma espécie de “amarração” que impede que a pilha se desfaça. Mas os cuidados na estufagem não se limitam à disposição da carga: cada segmento possui exigências e padrões de qualidade no acondicionamento de produtos. O container de açúcar por exemplo é revestido internamente por papel próprio de embalagens e não pode conter aquelas marcas botinas de segurança suja de terra no piso (viu só? não é só sua mãe que fica louca com sapatos sujos de terra..)

Sacaria de café em container tipo “Dry”. Fonte: http://portosuloperacoes.wordpress.com/servicos/

É possivel estufar um container com praticamente tudo: granéis, tambores de líquidos, caixas, bobinas, pallets e até carros! Tudo depende da capacidade estrutural do container e da tecnologia para a estufagem e descarregamento (experimente descarregar um punhado de longarinas que que soltaram do pallet e se esparramaram pelo container. É ruim, acreditem).

Estufagem de container com carga palletizada utilizando-se empilhadeira. Fonte: http://www.worldshipping.org/image-gallery/containers

O container pode ser estufado diretamente sobre um veículo ou sobre o piso. No segundo caso, é preciso um equipamento específico para colocá-lo sobre um caminhão ou vagão: uma reach stacker. É um equipamento grande, pesado, potente, e que consome horrores de diesel. Mas sua precisão ao manusear essas “caixinhas” de 30 toneladas é formidável. Mas a Reach stacker tem um limite de altura de empilhamento de containers.

Reach stackers montando pilha de containers. Fonte: http://www.sanygroup.com/products/en-us/cases/zhengmiandiao.jsp

Então você se pergunta “Como um container vai parar lá em cima do convés de um navio?” Vamos analisar o fluxo das “caixinhas” no próximo post…

Quanto deve medir uma APP (Área de Preservação Permanente) de um rio

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Fonte: Atlas Digital das Águas de Minas

Algumas vezes, no mundo agrícola, alguns conceitos passam a ser dogmas que não são analisados caso a caso e uma solução única passa a ser adotada por todos. Para as APP’s (Áreas de Preservação Permanente) isso não é diferente. Muitas pessoas acham que a legislação define que deva-se deixar 30m de APP em qualquer rio, mas essa informação não é correta.

Segundo a lei LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012 que instituiu o novo Código Florestal, existe uma regra que o tamanho das APP’s varia com a largura dos rios. Segue o trecho:

Art. 4o  Considera-se Área de Preservação Permanente, em zonas rurais ou urbanas, para os efeitos desta Lei:

I – as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de:     

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura;

b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura;

c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os cursos d’água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

e) 500 (quinhentos) metros, para os cursos d’água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros;

II – as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura mínima de:

a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para o corpo d’água com até 20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta) metros;

b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

III – as áreas no entorno dos reservatórios d’água artificiais, decorrentes de barramento ou represamento de cursos d’água naturais, na faixa definida na licença ambiental do empreendimento;

IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;     

Assim é possível observar que o valor varia muito de acordo com a largura do rio. As APP’s serão checadas com o cadastro do CAR (Veja o que é aqui), dessa maneira é muito importante saber quanto deve ser protegido para respeitar a lei.

Para auxiliar no planejamento e checagem das APP’s o uso de imagens de satélite é essencial e é a ferramenta usada pelo próprio governo para a checagem do CAR. Caso tenha dúvidas sobre como utilizá-las, me escreva!

O que é NPK?

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Interrogação

 

Esse é mais um post da série de curiosidades do mundo agrícola. Muitas vezes ao conversar com pessoas que não são do meio rural uso a sigla NPK, mas quase sempre noto uma cara de interrogação.

Mas enfim, o que é NPK?

O jargão é simplesmente uma sigla para Nitrogênio (N) – Fósforo (P) e Potássio (K). As letras representam esses elementos na tabela periódica.

Essa sigla é utilizada quando queremos nos referir a adubos. Os famosos formulados são uma combinação em diferentes doses (dependendo da cultura e da necessidade de adubação) desses elementos. Os mais famosos para o público geral são os que as donas de casa vêem nas prateleiras de supermercado como o 10-10-10 e 4-14-8. Esses números significam as proporções de N, P e K naquele formulado.

É possível ver uma aplicação em um problema real do campo no nosso post : MÁQUINA ADUBADORA EM TAXA VARIÁVEL

 

Caso tenha alguma dúvida sobre o assunto, escreva para a gente!

A colheita do café está quase finalizando na maior parte do estado de SP e MG

A colheita da cultura do café já está quase no fim, com preço atual em torno de R$ 432,00  segundo Cepea / Esalq para café Arábica. Na bolsa de New York a cotação atingiu o maior patamar nos últimos 2 meses em função da queda de produção nas principais regiões produtoras, sendo que o mesmo já subiu mais de 50% em relação Janeiro deste ano quando atingia preços em torno de R$290,00.

A elevação dos preços são positivos aos produtores da região por que, embora tenha faltado chuva em parte do ciclo da cultura os preços compensam os prejuízos,  grande vantagem para os grandes produtores possuem o sistema irrigado na cultura.

Segundo levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produtividade da cultura para o estado de Minas Gerais, principal produtora, será em torno de 14% menor em relação ao ano passado com média de 23 sacas por hectare.

Segundo a CONAB  a colheita iniciada no mês de Abril se estenderá até o mês de Outubro. Os grãos mais maduros e secos nesta época do ano têm favorecido para a colheita mecanizada em relação à colheita do café cereja na fase inicial de derriça e que muitas vezes são necessários a colheita de repasse. A operação de varredura ou verreção dos grão que caem ao solo são realizados pós a colheita, naturalmente cerca de 20 a 25% do grão caem de forma natural conforme o grau de maturação mais uma parte dos grão que caem com a colheita mecanizada.

Estive visitando 3 maiores regiões produtoras, cada qual com diferentes características:

    • Triângulo Mineiro, formado por grandes produtores altamente mecanizados e topografia plana.
    • Alta Mogiana (SP), pequenos e médios e grandes produtores, altamente tecnificados com topografia pouco favorável na maior parte da região.
    • Sul de Minas Gerais, maior produtora de café compostas por pequenos e médios produtores na maior parte, topografia bastante acidentada e condições climáticas favoráveis, altitude elevada e clima ameno.
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Final de colheita – Franca SP
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Patrocínio MG
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Sul de Minas – Três Pontas