O AgTech Campinas e o Venture Hub realizaram na noite de 11 de junho mais um Meetup Biotech + AgTech. O tema deste encontro no auditório do Venture Hub foi Discutir os desafios e soluções para a Citricultura . Para discorrer o assunto, foram convidados especialistas de instituições públicas e empresas privadas.
Quem abriu o evento foi Gilberto Tozatti, consultor de Citros na GCONCI e especialista em Agronegócios. Tozatti apresentou o papel de liderança do Brasil na produção global de suco de laranja concentrado congelado (FCOJ em inglês) e o aumento na tecnificação da produção do fruto, exemplificado pelo aumento na produção em conjunto de uma diminuição expressiva da área cultivada. Por último ele falou do aumento da incidência de pragas nos pomares, principalmente por organismos invasores, e o substancial incremento das operações de pulverização para combatê-las.
O segundo a se apresentar foi Marcelino Borges de Brito, Coordenador de desenvolvimento Agronômico e de Mercado na holandesa Koppert. Ele expos o início humilde (mas epifânico) da empresa, quando um fazendeiro reparou que um agente biológico foi capaz de salvar seu cultivo de pepinos. Brito enfatizou que o controle biológico de pragas funciona quando é feito a partir de matéria prima (micro e macro organismos) de qualidade, criando um circulo virtuoso no ecossistema local da lavoura.
Seguindo na linha de controle de pragas em citros, Rodrigo
Salvador, Consultor de Desenvolvimento de Mercados na japonesa IHARABRAS,
apresentou o a importância das moléculas químicas na proteção da citricultura.
Rodrigo apontou que o cuidado e o planejamento no manejo das aplicações de
defensivos são fundamentais para tirar maior proveito das moléculas de última
geração e garantir a segurança no consumo dos frutos. Por fim, ele apresentou o
novo fungicida biológico da IHARA, o ECOSHOT, que fornece proteção ao pomar sem
comprometer limites máximos de resíduos nem exigir carência para colheita,
comprovando que o consórcio de tratamentos químicos-biológicos é o futuro na
produção agrícola.
Encerrando o encontro, Ricardo Moncorvo,
coordenador de assistência técnica integral no CDRS ( antigo CATI) apresentou o
papel de pioneirismo da instituição no suporte e avanço da citricultura
paulista. Ele prosseguiu contando a transição do CDRS de uma instituição focada
no suporte final da produção para uma
missão de difusão de conhecimento e boas práticas agrícolas, fazendo valer da sua
singular capilaridade nos municípios agrícolas. Moncorvo também fechou sua
apresentação com questionamentos e reflexões importantes ao avanço
técnico-científico da agricultura.